ASAS

Enquanto Deus cochilava

A chuva chegou de mansinho

Salpicando as folhas da mata

E as asas dos passarinhos

Eu que divagava sobre a vida

Acolhi a chuva com carinho

Aquele ruído macio no telhado

Freou na mente, o redemoinho

A chuva parecia um doce acalanto

Que a noite se abriu em caminhos

Revigorei então velhas esperanças

Em um cheiroso copo de vinho

Comovido, debrucei-me sobre a janela

Fitei a chuva, ouvi seu burburinho

Pensei com tristeza na humanidade

No destino do mundo cruel e mesquinho!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 08/07/2017
Reeditado em 17/02/2024
Código do texto: T6048723
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