A guerra no mar
A guerra no mar
Sou tua hora, sou quem chora, apenas um caminhar
É o tempo que me investiga, que me instiga a navegar
É o som do mar que me traz para perto, e que me envolve devagar
Sou o eco tão distante, destilado, desse lado retumbante a ecoar
Grave e passageiro, é dor certeira; costeira, que deixa de ser passageira quando junta-se ao mar
Em meus calçados, lugares marcados, rasgados por soldados, com a pátria no olhar
Esquecidos em devaneios familiar, no último suspiro, em um último respirar
Com o luto familiar, que rega o olhar de quem ficou para contar
Que seus meninos ainda pequenos, um dia irão lutar
Servirão ao navegar
E um dia
Sem retorno
Sem data
De voltar.