A guerra no mar

A guerra no mar

Sou tua hora, sou quem chora, apenas um caminhar

É o tempo que me investiga, que me instiga a navegar

É o som do mar que me traz para perto, e que me envolve devagar

Sou o eco tão distante, destilado, desse lado retumbante a ecoar

Grave e passageiro, é dor certeira; costeira, que deixa de ser passageira quando junta-se ao mar

Em meus calçados, lugares marcados, rasgados por soldados, com a pátria no olhar

Esquecidos em devaneios familiar, no último suspiro, em um último respirar

Com o luto familiar, que rega o olhar de quem ficou para contar

Que seus meninos ainda pequenos, um dia irão lutar

Servirão ao navegar

E um dia

Sem retorno

Sem data

De voltar.

Allan Almeida
Enviado por Allan Almeida em 11/07/2017
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