Da África

Não cheguei aqui a nado

Tampouco foi de bom grado

Que cruzei aquela ponte

Bloqueado o horizonte

Não pude pisar meu caminho

E também não foi sozinho

Que topei com aquele monte

De repente, não tinha nada

E tudo o que eu não tinha

Era aquilo que me restava

Mas na roda da resistência

Meu tambor tamborilava

E pulsava a mesma essência

No sangue de quem ficava.