VERMELHO RUBRO
Silêncio que grita em meus ouvidos ensurdecidos pelo abuso dos sentidos.
Dos prazeres da vida me lambuzo continuando assim quedo e macambúzio.
Talvez me salvasse náufrago em um novo dilúvio.
Sensível sonoridade de um prelúdio de cataclísmica manhã empassarada.
Olho sem enxergar a alvorada luminescente e alvoroçada.
Destroços a erguer em paliçada a fortaleza do amor ressuscitado. Neste vermelho rubro deste amor encarnado.
Ramiro Jarbas