As vezes somos silêncios, outras saudades, assim, desenhamos nossa alma para o vislumbre de outros olhares

                                                                             Mardielli


 Ironia do silêncio...

Tão incerto
Sem máculas
Camuflado,
Dilacerado no vazio

Canta em meus avessos
Em promessas medita
Segreda no silêncio
Depois mata n'alma.

Mordaça num canto
Perdido se desfaz
Grita em segredos
E soluça na voz.

Trás um silêncio rasgado
Com uma ironia  no olhar
E carrega um desejo
Em suas mãos solitárias.

Ri e blasfema
Tecendo ágeis palavras
Quando dedilha no sentido
Um corpo em suas mãos

Poeta Paulo da Cruz muito me honra sua amável presença no meu cantinho!

Silêncio


A que muitas vezes navega à deriva no vácuo da alma
Ah, se todas elas pudessem gritar quais parturientes
As dores engasgadas em suas angústias!
Ah, quem dera!
Se pudessem vomitar tão nocivos conteúdos que as oprimem!
Mas, não!
E por que não assim o fazem?

Seria por medo?
Seria por orgulho?
Ou sei lá mais o quê?
E então optam pelo penar de seus nefastos silêncios
A que se asfixiam pela necrose de suas almas
Ó cadáveres a que aqui já não mais habitam!
Se pudessem gritar a todos os cantos
A todos os ventos
O socorro de que, pois precisavam
Ainda que o mundo seja negro
E o silêncio de tantos seja adverso e negativo
A Vida nos ouve
Sempre nos ouviu
E em seu tempo... aos seus filhos... sempre atende
Todavia, faz-se preciso gritar... e gritar... e gritar...
E clamar... sem nunca parar... sem jamais se cansar
Afinal, a Vida não é surda
E o seu tempo, com certeza, não é, tanto o nosso... tempo

Poeta Paulo da Cruz, -08-08-17



Poeta Pedro Paulo, obrigada pelo carinho sempre, amei a interação

Silêncio

No silêncio eu falo Nas palavras me calo
Se louco posso parecer
Só assim me faço compreender.

Nas noites de solidão
Um livro, uma taça de vinho
Nas noites de inspiração
Uma caneta, um violão.

No silêncio me faço escutar
Ao meu interior consigo chegar
Se louco pareço ser
Não posso mais retroceder.

Palavras caladas
Sentimentos versados
Frias madrugadas/Poeta silenciado.

Poeta Pedro Paulo, 08-08-17



Poeta Trovador das Alterosas, você abrilhantou o meu cantinho! Obrigada sempre

O peso de se calar

Beija flor
Só natureza
 Tímido talvez...
Quiçá à espera.

Canta uma árvore florida
Exalta às cores da sua aura,
E aguarda na sua sombra
Que a fruta lhe caia na boca.

Espera vã, pássaros bicam.
Nem migalhas lhe sobram...
Reprime os dúbios sonhos
Queda-se, amargo silêncio.

Escreve no olhar o receio
De  revelar o sujo segredo
Do seu desejo de provar
O sabor daquela delícia.

Maçãs, peras o desafiam...
Mas o exaspera, o gosto.
Ri da sua própria desdita
Esta timidez o desatina.

Poeta Trovador das Alterosas. -08-08-17



Poetisa ania, obrigada pelo carinho no meu cantinho poético! Abrilhantou minha página


Vazio

...o silêncio brinca comigo...
me alucina...
solta meus medos
Num grito vazio sem eco,
Sem nexo,
Na solidão dos meus dias,
Sem você...
 
Poetisa ania, 13-08-17