O beijo da serpente.

 

Tal e qual bote de serpente, o veneno de quem mente,

Se faz tão eficientemente, instantâneo e certeiro!

 

A vítima rusticamente, às vezes, o bote nem sente,

Mas as feridas latentes, trazem o momento derradeiro.

 

Deixa o ofendido inocente, a mercê e cegamente,

De atos vis e dementes, de costumes tão rasteiros!

 

O que há de comum entre quem mente

E uma venéfica serpente?

A serpente na defensiva, natural e instintivamente, 

De repentemente, ataca a gente.

 

A mentira é, definitivamente, um ardil já recorrente,

Em seres decadentes, que possuem sabidamente, insanas e sórdidas mentes!

 

"Ah, se todas as serpentes portassem chocalhos…

Ou se pelo menos, lhas vetassem as auréolas..."