Beleza dos versos

A sensualidade era como que palpável

em muitos versos,

como se fosse a alma de cada um deles...

Era a pele quente; o cheiro, acre, doce, embriagador;

o sexo, a tortura, fome, êxtase, pacificação, amor...

A folha verde, ocre, exalações, nascimento, húmus, morte,

o gosto e o gozo da palavra...

Aquela poesia era fácil pela simplicidade e pela comunicação,

mas enganadora, aos menos avisados,

pela riqueza velada em imagens

que nos remetia para muito além dos sentidos...

Era, em verdade, uma viagem insuspeitada pelo rastro da poesia.