PENA

O novo vem com mil cismas:

"Será, menino, será?";

não sabe se é tempestade

ou nuvem que vai passar.

Não teve a roupa rasgada,

não tem o que remendar;

O novo só tem direito

e azo de fantasiar;

Não teve o dedo ferido

(nunca pisou no porvir),

não teve a unha encravada

nem fobia do existir.

Nunca se esbarrou no bem

e nem tropeçou no mal;

é pena e voa, sem rumo,

bailando no temporal.

Cassio Calazans
Enviado por Cassio Calazans em 03/10/2017
Reeditado em 03/10/2017
Código do texto: T6132001
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