Folha morta

Folha morta

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José Alberto Costa

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Recendia a mofo

a sala recém-aberta.

O cheiro antigo,

parado no ar,

trazia lembranças

de momentos vividos,

de pessoas e coisas

que se foram

na inexorabilidade

do tempo.

A porta aberta projetou

um raio de luz

sobre um carcomido piano

onde uma folha amarelecida

jazia sobre o teclado morto,

na placidez da tarde morna.

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Um silêncio eloquente

contava a história

das gentes alegres

que por ali passaram

e deram vida

àquele ambiente

em épocas passadas.

Pedaços de vidas

congelados no tempo.

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Copyright © 2011 by José Alberto Costa

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