Último desejo

Último desejo

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José Alberto Costa

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Acerco-me de ti

a estas horas mortas,

sem esperanças

do teu perdão.

Não ouso macular o teu retiro

chamando-te à porta,

interrompendo sonhos

que não são por mim.

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Exponho feridas abertas

que me atormentam,

deixando trôpego

o andar despovoado

de viageiro inquieto,

no final da senda,

carregado de culpas.

Um olhar. Um gesto.

Só o que peço

para adormecer em paz.

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