Inquietude

Quantos “NÃO”

são precisos

para fortalecer

ou para afundar?

E quantos “SIM”

são precisos

para fortalecer

ou para afundar?

Qual o momento

preciso

de cada um?

Quando um SIM e um NÃO

conforta, ampara

encoraja, agrega

constrói?

São os “Não” ou os “Sim”

excessivos ou inexpressivos

que mobilizam alguém,

diante de um fracasso,

uma recusa, um limite:

se fechar, desistir;

gritar, se descabelar, ferir

ou matar, incendiar,

mentir, caluniar,

elocubrar vingança,

vingancinhas?

São os “Não” ou os “Sim”

excessivos ou inexpressivos

que mobilizam alguém,

diante de um sucesso:

se achar e oprimir,

injustiçar; arrogantemente

magoar, segregar, rotular?

O que nos impede

crescer, amadurecer,

encontrar nosso caminho,

cuidar da própria vida;

viajar no nosso arco-íris;

vendo e admirando o

arco-íris do outro;

sendo sujeito solidário

com a vida comunitária:

a falta ou o excesso do NÂO,

a falta ou o excesso do SIM

e seus atributos?

Ou o aprendizado,

o exercício

de transitar

com liberdade,

tempo, reflexão

e respeito entre

um SIM e um NÂO,

dentro de um abraço?

Maisa Schmitz
Enviado por Maisa Schmitz em 10/10/2017
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