Caixa do nada

Um quarto sem aconchego, dia de ilusão imensa e de nuvens que não chovem.

A inquietude dos corpos que nunca se encontraram mas que se desejam.

Fuga. Restaria fugir e esquecer se não fosse tudo solidão!

Me deste um raio de sol e um sopro de brisa,

mas era primavera e eu só queria um chuvisco para regar as sementes.

E de novo a solidão transborda e é quente.

Vou ficar com Kerouac esta noite, preciso entender de pinos e buracos...

Preciso saber de encaixes precisos para aparar as arestas. Ou não.

Haveria uma canção para minha necessitada alma sempre ouvinte?

O silêncio vai dominar tudo.

Renata Vasconcelos
Enviado por Renata Vasconcelos em 29/10/2017
Reeditado em 29/10/2017
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