Caixa do nada
Um quarto sem aconchego, dia de ilusão imensa e de nuvens que não chovem.
A inquietude dos corpos que nunca se encontraram mas que se desejam.
Fuga. Restaria fugir e esquecer se não fosse tudo solidão!
Me deste um raio de sol e um sopro de brisa,
mas era primavera e eu só queria um chuvisco para regar as sementes.
E de novo a solidão transborda e é quente.
Vou ficar com Kerouac esta noite, preciso entender de pinos e buracos...
Preciso saber de encaixes precisos para aparar as arestas. Ou não.
Haveria uma canção para minha necessitada alma sempre ouvinte?
O silêncio vai dominar tudo.