BRUXAS

Elas não são corcundas

Com mau hálito ou voz feia

Sua aparência parece mais

Com a de uma sereia

Não andam descalças ou usam chapéus

Tampouco fazem maldades sem véus

Não usam vassouras

Nem cruzam os céus

Não possuem gatos pretos ou caldeirões

Nem ervas daninhas para fazer feitiço

Nem adoram a Lua e nem as matas

Não fazem rituais, nem ficam nuas

Elas andam entre nós

Com sorrisos falsos

De salto alto parecendo dondocas

Bonecas de porcelana, ocas

Trazem consigo veneno letal

Não faz mal , ninguém quase enxerga

Seu egoísmo destila

Na corrente sanguínea

Pela força do seu pensamento

Sua crença como disfarce

Engano e orgulho

Destrói vidas com sua pseudo candura

Nem esperam o cair da Lua

Para gargalhar

Dos tolos que caem em seus encantos

Uma bondade aparente , levando

O inocente ao seu comando hipnótico

Abomináveis são essas bruxas

Andam à espreita como sucuris!

Patrícia Pinna
Enviado por Patrícia Pinna em 31/10/2017
Código do texto: T6158121
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