Amor de Aparência

Olhos despretensiosos vagam sem direção.

Quem dera, soubessem o que procurar.

Dominados pelo desatento coração.

Que cego, Não sabe aonde quer chegar.

Olhares perdidos aos montes se cruzam.

Belos corpos procuram, sem hesitar.

Do poder da beleza eles usam e abusam.

Esperando no belo, alguém para amar.

Pode o amor ser apenas visão?

Ou o coração aturdido, talvez se enganar?

Procurar no que é belo, a sua paixão,

Sem saber se o outrem, valor vai lhe dar?

O que é belo se faz, não pela aparência,

Se faz por valores nunca corrompidos.

O que é belo apenas “por fora”,

Nos leva a demência.

E por isso vivemos culpando o cupido.