só mais uma poesia qualquer

O Mundo tornou minha mente louca,

mas nem precisou de esforço; ela nunca foi sã

Os goles de eternidade que eu tomei duraram apenas um minuto

tempo suficiente para tomar decisões e errar em todas elas

A poesia me visita como pomba branca da paz

e a minha vida é um eterno gato preto; julgado, desprezado, porém bonito, sublime, misterioso

Eu sou a minha razão e a minha raiva

Eu sou o amor de quem procura amar

e o ódio de quem já tanto amou

Sou a felina de garras quebradas

Sou a ereção do menino novo

Sou a rouquidão dos mudos

A vida é louca,

mas eu sou mais!

Sou a piada suja contada vezes demais

contada tarde demais, segundo Bukowski;

Sou a mulher de olhos de cigana oblíqua e dissimulada, já diria Machado

Há mulher para amar,

Há mulher para odiar,

Há mulher para aquietar-se na calada da noite e chorar,

Há mulher para gemer alto na janela do quarto,

Há mulheres e mulheres...

E nós, somos todas estas e um pouco mais!

A névoa branca ou sem cor

A dor do parto

A morte da vaca mais turrona

O berço de criança

O som do amor

tudo encontra-se em mim,

na minha confusão,

na minha inquietude

e na minha faísca de genialidade

O homem que muda o mundo carrega a loucura para satisfazer a responsabilidade de ser quem é

Os normais nada fazem, só matam e arrancam o couro daqueles que tem audácia de viver

Por que, para viver, requer coragem, meu caro amigo,

requer culhões

requer audácia

e força no punho, não para porrada, mas para segurar firme quando a coragem tenta desviar-se do caminho

Thina Freitas
Enviado por Thina Freitas em 01/12/2017
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