Minha Vilã

Me pus a criar máscaras

Para proteger-me dos vilãos.

Disse muitos “sins” como tática;

O que dava com uma,

Tirava com as duas mãos.

Construí castelos nas montanhas,

Muros de arquitetura tamanha,

Belas e indestrutíveis armaduras,

Governei minha vida na ditadura.

Para proteger-me do provável inimigo,

Promovi pessoas, despachei amigos,

Ao meu lado, só quem como eu,

que só via o próprio umbigo.

Descobri-me fútil e vã.

Me protegi de todos e de tudo.

Menos de mim,

Minha própria vilã.

Lindalva
Enviado por Lindalva em 07/12/2017
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