O moço sem juízo

No crepúsculo da noite, ao final do dia

Às sombras douradas do entardecer

Uma linda mulher ali se escondia

Para um incauto moço enbevecer

Lisonja trazida e peçonha profunda

Os lábios tenazes são favos de mel

O moço imprudente, no lodo afunda

Nos braços acomoda a esposa infiel

No leito de mirra, ailoés e canela

Para as delícias do amor o convida

O rapaz, sem juízo, a ela se entrega

Sem perceber que penhora a vida

Não vê que a morte ronda por perto

Entregue à soberba, lascívia e prazer

Se julga seguro esquece o escudo

E relaxa imprudente até adormecer

Delícias recebe do beijo encantado

Em leito roubado se põe a gemer

Prazeres errados, de fel embriagado

Em breve, o incauto, ali vai morrer

O preço cobrado, também é o devido

Uma vida preciosa, debalde perder

A flecha lançada, algoz é o marido

O orgulho ferido quem pode deter?

Meu filho cuidado, não colha o pecado

Por poucos trocados se dá a prostituta

Porém, a perversa, te leva enganado

E o preço é a vida, por favor... escuta!

(Baseado em Provérbios: 7. 9. Estava chegando o crepúsculo, o final do dia, caíam as sombras do entardecer, rodeavam as trevas da noite).

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 11/12/2017
Reeditado em 08/03/2021
Código do texto: T6195905
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