ESSES ANOS TODOS...


Vejo mais um ano chegando ao fim?
Me impressiono?
É que não parece igual a todos que eu tenha consciência,
Pelo menos, quase quarenta deles, eu acho.
Pois, muitos deles, nem lembro se passou ou não,
Era muito desatento ou não era tão capitalista,
Então, um ano novo não significava muito pra mim,
Não era obrigado a comprar presente,
Participar de tantas confraternizações, sem porquês?
Comer tudo que as propagandas divulgavam nas mídias,
Participar de um amigo oculto, totalmente sem graça,
Ir a um jantar de natal, tendo que aturar Roberto Carlos,
Isso era o que a maioria ali no jantar decidia,
Parecia um ritual de todos os anos,
Confesso, não gosto muito de ritual, coisas repetidas,
Por isso sou pouco religioso, acredito em Deus e pronto,
Sou Panteísta…
Esse ano, que se finda, brevemente, parece diferente,
Não sei a causa, mas acho que me tornei menos capitalista,
Acho que passei a ser como antes, um pouco, acho, vejo melhor as pessoas,
Não com olhares criteriosos? Vejo apenas com olhares, simples,
Vejo-as leves, como almas, vagando em um paraíso,
Sem a morte por perto, sem a dor que atormenta,
Apenas noto o tempo passando, bem devagar,
Não sei se é por que estou envelhecendo!
Se estou com a mente, bem difusa!
Se estou morrendo e assumindo esse fato!
Ou é apenas mais um ano novo, que se avizinha?
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 14/12/2017
Código do texto: T6198675
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