NOVA ROMA

Neste melodrama,

Tragédia romana incendida,

Novo Nero de feições

E atitudes enlouquecidas,

Alteia a já ardente chama

Sobre a nova Roma,

O Brasil, País acuado,

Sua gente rendida, atarentada,

E o outrora gigante,

Altaneiro, pujante,

Hoje, amedrontado, não reage ,

Pusilânime, não age

Em defesa de seu povo,

Que pasmo ver reeditar-se de novo,

Os mais cruentos anos os quais

Passou a Nação brasileira,

Incendiada Roma,

Subjugada aos desmandos

Dos governantes golpistas

Cujas dores fundas,

No céu de tormentos assoma,

Batendo na alma em agonias profundas ,

Martirizando o povo que agoniza:

Pandemia e outras mazelas,

Anátema crudelíssimo que se eterniza, tributo

Às mais acerbas maldades

Perpetradas por governo que alardeia há dois anos

Não ter corrupção ,

Mas que padece sustentação

De tal afirmativa , por estar

Suspenso na brocha das "rachadinhas"-

Negócio de família,

E a história cabulosa de dinheiro

No bumbum do senador

Que repentinamente eclodiu, vindo à tona,

Que não se detém

Na prática

De atrocidades

Contra o pobre povo,

Que sente os danosos efeitos

De ataques aos direitos

Trabalhistas,

Desmonte do patrimônio público,

Aniquilamento de programas sociais !

E o Brasil, dentre tantos absurdos mais,

Rever um filme tão infame,

Retrocedendo aos dias de Atraso,

Os quais,

Se quer olvidar:

O povo sofrendo

A retirada de direitos,

Desemprego abundante,

Jovens padecendo o ócio

De não ter outra saída: Que fazer?

Falta-lhes espaços,

Oportunidades de trabalho,

E tal sistema rebotalho

Não resiste à retórica construída,

Pois a verdade nua e crua

É que o Brasil claudica:

A economia em frangalho,

Coisa que por mais que maquie,

Não se consegue esconder,

combinada drasticamente,

com a volta inapelável do pobre,

Ao mapa da fome!

Mas dizem que o Brasil vai bem.

Em que País estamos vivendo?

JUCKLIN CELESTINO FILHO
Enviado por JUCKLIN CELESTINO FILHO em 15/12/2017
Reeditado em 31/10/2021
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