UM ANJO CHAMADO MÃE

Ainda lembro do teu olhar insólito

Aprisionado no horizonte extremo

Eram cinzas e dizimavam cores

Flores, amores, sabores amenos

Lembro de "conversar sozinho"

Enquanto sentada, voavas à'urora

E com a noite eu ia, aos teus mundos

Nesse teu labirinto, eu sou memórias

Lembro dos teus gritos absurdos

Vistos pelos meus olhos, se te olhava

Ouvia sons, que me corriam a espinha

Quando calado nada dizia. Só te abraçava

Duas nascentes te molharam a face

E igualmente, a minha, quando te beijei

Era uma dor que não cabia no peito

Era um amor desmedido. Eu sei

Era a vida que não mais se fazia presente

Era o seu universo que empalidecia

Era um anjo que fora recolhido ao céu

Era uma mãe que da vida partia.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 22/12/2017
Código do texto: T6205555
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