o Êxtase do ridículo;

Eu venho de uma época

Rica em celebres déficits,

Em ídolos insípidos,

Cólera poética

E fígados cirróticos.

Este diabólico período

Próspero em prisões,

Telefones móveis

E heróis erráticos.

o êxtase do ridículo.

Ganharam as fábricas inóspitas,

Os códigos fáticos,

Os humoristas antipáticos

E a genética misógina.

Venceram os canceres de esôfago,

Os atletas estéreis,

As diabéticas metáforas

E os alérgicos ao autentico.

O êxtase do ridículo.

Eu venho de uma época

Rica em mórbidas imagens,

Guerras pacificas,

Lágrimas sintéticas,

E bussolas sem ártico.

Triunfaram as clinicas estéticas,

A ética anoréxica,

Os catedráticos neófitos

E a música diarreica

O êxtase do ridículo.

Venceram os créditos escaldantes,

A gramatica equivocada,

Os católicos heréticos

E a miséria lírica e errada.

Ganharam os cálculos errôneos,

Os alcoólicos anônimos,

Os cônjuges apáticos

E o pânico ao artístico.

O êxtase do ridículo.

O êxtase do ridículo.

P Neto
Enviado por P Neto em 31/01/2018
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