O FREVO DO MEU CARNAVAL: CARNAVAL QUE PASSOU.

Mal tinha chegado janeiro e já estavas mascarado.

Não te puno.

Nesse carnaval dancei contigo uma valsinha.

Nesse frevo macabro fiquei descompassada de agonia.

Dançando, aperta-me com força a cintura

Querendo me sufocar e respirei melhor.

Deitei-me no teu peito inquisidor.

Apertava-me a mão e me colocava pra dançar com bandolins.

Bandolins não me queriam, pois estava mascarada.

Máscara de riso e roupa medieval.

Roupa comprida cobrindo meus pés

Escondia minha libido.

Nessa infame dança via toda a corte

Em hipócrita sintonia com a nossa marchinha.

Mas como a festividade passou...

Por favor, rasga toda a fantasia.

Fiques nu perante um espelho.

Veja a tua cara sem expressão ou riso.

Veja a verdade em vergonhosa feiúra:

Que no teu peito esquerdo repousa as minhas iniciais.

DeodatoVC
Enviado por DeodatoVC em 15/02/2018
Código do texto: T6254627
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