Por todas as minhas cores
Pelo vermelho
Eu despedaço
Um tanto
Sem cabimento
Amo de pé
Sorrindo de um lado a outro
Pulo alto pelo rosa
Que contagia
Uma vez ao ano
Os foliões
Do meu Brasil
Observo o preto
É cinza
É um pouco cru
Sem muita explicação
Me coloca por dentro
Penso em mim
Em você
Em nós todos
Ao mesmo tempo
Sinto a manhã
O verde degradê
Aquele abraço forte
A calmaria
Vem da natureza
Que balança
Em movimentos majestosos
Um burburinho de sofá
Mas o peso do real
É de um azul sem igual
Me preocupa
Bem lá no fundo
Se parece breve
Consome pelas beiradas
E leva tudo que admiro
De uma vez só