Terra de ninguem
Neste canto da poesia
Eu saco as rolhas
Das garrafas desconhecidas
Do velho vinho incubado
No subsolo do meu eu
Nesse refugio tão distante
Terra que não é de ninguém
Onde o tempo vive frisado
E dou um gelo no mundo
Eu mato o tempo matutando
Nesse auto exílio não programado
Idéias morrem e ressucitam
Sacodem a poeira da cortina
Fazem castelos do inusitado
E celebram a autenticidade