Quimeras da razão

Percebi o todo inerte

Senhor de si, completo

O todo que se basta.

Que cria e recria as coisas apenas de si mesmo.

Quando questionei o movimento da vida e a evolução do mundo me dei conta.

Sou senhor de mim?

Minha existência me basta,

sou por mim mesmo

Independente das causas e dos efeitos,

sou eu completude, pureza, amor e paz?

Não! Razo e tolo sou eu!

Verme arrogante e horizontal.

Vítima de mim mesmo,

Do bem e do mal.

Por isso mantenho me em silêncio ignorante.

E apartado da minha estupidez, tento ouvir a voz do coração,

que ecoa há muito tempo, mas sempre suprimida pelas quimeras da razão.

Geraldo Faria.

Geraldo Faria
Enviado por Geraldo Faria em 19/03/2018
Código do texto: T6284297
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