REALIDADE “IMIGRANTE” (poesia classificada entre as 250 escolhidas no Concurso Nacional Novos Poetas!)
“S.O.S”
A humanidade pede socorro
Gritando dos mares
Por cima dos morros
No lamento dos adultos
No choro das crianças
Nos jovens impregnados de desesperança
Nos olhares pesados, desacreditados
Nas mãos calejadas da mãe que segura seu filho
A cada tempestade
Um sofrimento, uma nova ansiedade
Será que todos sobreviverão?
Poderão ver o sol depois desse furacão?
Apesar de todos os problemas
Da discriminação dos paradigmas
Só se busca uma vida melhor
Longe das guerras, da atrocidade indolor
Arriscando tudo para conseguir
Lutando até se exaurir
Sou um poeta estrangeiro
Filho de imigrantes
Irmão de refugiados
De qualquer terra hóspede ligeiro
Escrevo este pedido de socorro que a humanidade excluída me grita
Sou porta-voz:
“S.O.S”
Entre o mar que agita
“S.O.S”
Tem alguma saída?
“S.O.S”
Há alguém na escuta?