Falsa moradia

Casa de vidro;

Que satisfaz o ego,

É nela que vivo.

Falta-me algo,

Porém, eu nego.

E nesse castigo,

Convivo comigo,

E a dor que carrego.

Bonita, por si só;

Deslumbra!

Mas transparece o bocó,

Que ali penumbra.

Me assombra,

A fragilidade exposta.

Transparente,

Mas nada mostra.

E em chuva de pedra;

À perco sempre.

Juntar os cacos da queda,

Me corta inevitavelmente.

O que me resta?

Deixar visível minha fraqueza,

Ou com as pedras

Construir uma fortaleza?

David Wanes
Enviado por David Wanes em 15/04/2018
Reeditado em 19/04/2018
Código do texto: T6309548
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