Coexistência

.

.

Isso é comigo?

com o euzinho, aqui?

E como é essa história

de fogo-de-artifício?

Um expediente

de efeitos especiais?

Alto lá!

Há alguma coisa aqui

que não confere.

Um momento, por favor!

Para que número deseja falar?

[...] De certeza?

Mas isso é número de magia!

Comigo é mais mestiçagem

a partir de penas e escamas

só aparentemente minhas

como só aparentemente inútil

a penosa descoberta

de uma

coexistência.

.

Vai de factos monocórdicos

fatalmente, por entre cordas

à ressonância monotónica

à sobrevivência monótona

ao estar antenado

por todos os lados

e sobretudo por mais um

o de ainda e de sempre

o tal do entretanto

só para relógios que batem

perenes a mesma tecla

da hora histórica.

Mas mais ainda,

disso, da

coexistência

que vai por entre versos

que se avermelham

no livro negro do tempo.

...

Depois da ferradura

dá-se no cravo e na bonança

dá-se conta, então,

de filamentos de afecto

num "lullaby"!

Calma!...

que isto só quer dizer

canção de embalar,

de mimo, como

coexistência

que não há como esquecer.

.

Eu não tenho vergonha

nem grandes dúvidas

tampouco dívidas...

Eu sou o meu lastro,

...nada na manga.

Pegar ou largar!

Narcisismo ?

O perjuizo é para mim

e a fatura tem o meu nome.

.

_______________________LuMe

Luis Melo
Enviado por Luis Melo em 21/04/2018
Reeditado em 26/04/2018
Código do texto: T6315126
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