O Preço
Na cobiça em que se tece,
Apressado, seu afã,
A hecatombe se evanesce,
Num apreço à cortesã.
Nesse preço que, de estalo,
Nada se poupou;
Terá válido respaldo
No tesouro que se ganhou?
Que sacrifício lhe é conveniente,
Se no valor auferido,
A tenaz agonia é o alarido?
Mas, é contravenção, nisso, pensar
Pois, como se pode reverter
A ganância que lhe faz viver?