BAMBUZAL

BAMBUZAL

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O vento bate solto nos ramos arbustos do matagal,

Nas finas folhas e galhos das moitas de bambuzal;

Assovia e estala, aparenta alguém quando fala,

As mudas das palavras mudas de quando o silêncio a tudo cala.

No tempo a suar longe dos vagões dos bondes a animal,

Ramagens das folhas a medir as suas incontáveis escalas,

Antigas as lembranças vitais reparado da dor de um ancestral,

Sobre barulhos que replicam ressonâncias a reflexão que longe a estala.

Oralidades assuntadas de fatos expelidas pelas discutidas falas,

Aves que de galhos em galhos fazem seus ninhos nos suportes de um pau,

Prendas encaixotadas e lacradas as viagens que pra longe a embala,

A assustar e assombra em uma saudável sombra de saudável astral.

Conversas que são instrumentos das reuniões das discursivas palas,

Construções edificadas as estruturações desenhada por portal,

Das suas réguas medidoras ou margeadoras das laterais das talas,

Das mensagens que endereçadas indicam recebimentos postal.

Assovia pra bem alto um perfume que de fragrância a exala,

Bons agrados das cerimônias festivas dos encontros de atual,

Do vento que ressoa solto no ar envolto da pretenciosa estação a ala,

Das cordas penduradas de roupas a forma suspendida de um varal.

Temporal, ventania, trevas densas, tempestades ou vendaval,

Barulhos muitos que aparentam a alguma descrevida fala,

Descampados que desembarcam a trepidez nascente a potável do pantanal.

Bagagens de uso compartida na embalagem de uma carregável mala.

Atolamentos que interferem as viagens quando encalha em algum lamaçal,

Da natureza que institui realeza por mundos a baile dançante de gala,

A lembrança ensinada a aprendizagem do parente próximo ancestral,

Balanço causado pelo vento relento das folhas voadas que o espaço a entala.

Pelos galgos das árvores da natureza destreza da estirpe vegetal,

De um ao outro a que esbarrado na ralação a fricção resvala,

Elevados a vários canos com gomos o conjunto de espécie o bambuzal,

Dos zunidos que saem da sua movimentação aparentando quando alguém a fala.

Dos seus brotos que de alimentos fazem até uma chupável proveitosa bala.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 05/06/2018
Código do texto: T6356141
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