Sentimentos cristalizados ...

Envolvidos em nossas tarefas mundanas,

não percebemos

a cristalização de nossas consciências.

Não enxergamos a "dor do mundo,"

e vemos a humanidade, como criaturas transparentes.

Na agromeração dos sentimentos,

não compreendemos o quanto é vital,

olhar para dentro, desobstruir os canais egocêntricos,

tornar viável nosso tráfego interno.

É urgente ligar nossas conexões,

entender que elas precisam de curto-circuitos,

raios, relâmpagos e trovões,

para assustar nossos sentimentos,

com objetivos que extremeçam e acendam,

nossa chama interior,

apagadas pelas paixões cotidianas.

Algumas enfermidades,

como doenças imaginárias,

fraquezas,

inferioridades,

autoestima,

e, até nossas paixões mais obsenas,

são provocadas por metáforas retesadas,

tão profundas,

que mergulhos superficiais não

seriam capazes de capturá-las,

teríamos que viajar para águas mais fundas.

Em oceanos selvagens e desconhecidos, talves lá,

diluamos nossas paixões inferiores.

Regressando mais conscientes da travessia,

estaremos mais presentes,

ouvindo nosso grande silêncio interior.

A cura,

o olhar,

o verbo viver,

o elixir divino,

o toque, o sentir ...

a libertação das palavras,

religar o voo perdido,

lançar-se ao desconhecido,

agradecer, pela cura, pelo retorno.

Diariamente dialogar com o angelical,

Afasta a

alma das sombras.

- Helena Huback -

Helena Huback
Enviado por Helena Huback em 11/06/2018
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