A MADRUGADA

A MADRUGADA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O céu escuro límpido aos brilhos das estrelas aladas,

Retratam as horas tardias das insônias as suas imagens,

Músicas solenes nos bailes as horas embaladas,

Desenhada nos ares as luzes diversas das maquiagens.

Dos toaletes espelhados de uma descomunal tatuagem,

Encostos das almas pelos balés das companheiras amadas,

Brilhos da infinita noite vagando as distâncias das viagens,

Bêbados a cambalear solitários as estâncias das calçadas.

Das voltas as velocidades disputadas pelas movimentadas estradas,

Notícias a chegar pelos envelopes das lacradas mensagens;

Das mulheres que estão pra ser como paqueradas,

De cada canto a canto dos ambulantes inebriados as suas vadiagens.

Por não passar por ninguém as pessoas desocupadas,

Na hora tardia que está quase a raiar com um novo dia,

Dos poetas inspirados pelo vício da sua saborosa golada,

As virgens pela moral latente a que são pertinentes respeitadas.

Do estar próximo a uma estupenda alvorada,

Das bagunçadas mesas espalhadas a significância das orgias,

As luzes acesas dos postes ligando as casas,

Das tristezas foragidas das chagadas alegrias.

Das alianças desde solteiro, noivos ou a pessoa casada,

Da namorada a cada sua interminável investida,

Por um grito por uma voz na multidão da noite perdida,

As horas longas aproveitadas, dançadas ou embriagada da madrugada.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 25/07/2018
Código do texto: T6399947
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