SUCESSÃO

Para meu pequenino tamanho,

porém tantos sonhos aquiescidos.

Um dia já volveram, creditaram,

deram em punhos feridos ao se

darem na parede.

Hoje os punhos são pequenos e sem luvas,

sem cortes de vidro. Hoje sou pura

mansidão e sem pejos e sem culpas.

Hoje sou quase a paz que não guerreia

(pois inimigos sequer os há)

E que quer viver, apenas,

amando de contrapartida quando for

capaz, e onde puder me demorar

mais que alguns instantes

esvaídos no tempo, minha matéria,

minha unidade pedida,

ouvida e conquistada.

Fernando Munhoz
Enviado por Fernando Munhoz em 23/08/2018
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