O fim da linha

Nós corremos atrás dos devaneios

Pedimos amor

Mas não sabemos amar

Ainda estamos aprendendo

A perdoar

Seguimos os ecos dos nossos uivos

Brotamos em sementes

Cultivamos os jardins

mas não sabemos aceitar

Os frutos diferentes desse semear

Vivemos a introspecção

Em um mundo vazio de compaixão

Esquecemos que a breve vida

É uma incógnita

É uma façanha

E nos refugiamos em abrigos

Que nos façam esquecer as desilusões

E as incertezas que regem nossos corações

Como orquestra sinfônica em dia de competição

Temos a audácia de subirmos até o topo da pirâmide

Mas se não mudarmos a direção do vento

Chegaremos ao fim da linha

Antes mesmo de aprendermos a viver.

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 28/08/2018
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