Lendas de lã

Onde está a estante com mil lendas afogadas ?

Onde a esquina dobra e decide o seu caminho

Quando o rei pede que se decida sozinho

virando as costas para cavernas com pegadas

Pedras que definem os planos do planeta

Querosene do princípio vital

Queimando a soberba espiritual

Lembra o destino do universo violeta

Em plena consciência de meu pleonasmo

Seja pelo não de Urim

Ou pelo sim de Tumim

Recito poesias com entusiasmo

Fundação impetuosa da Titanomaquia

Em minha imagem vejo a epifania

Senti a dor do castigo de Quelone

Senti a fúria veemente do ciclone

Sentei cansado no trono dourado de Hefesto

Preso no conforto de reis deprimidos

Surdo por conselhos nobres e pedidos

Engolido pelo ódio que a tempos contesto

Sedento pela lembrança dos jardins divinos

Grito pela alforria de Cronos

Relembro primaveras e outonos

Desfrutando do suave som dos violinos

Ed Dalferth
Enviado por Ed Dalferth em 18/09/2018
Código do texto: T6452513
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.