O CONFRONTO INTERIOR

Que culpa tenho eu de me sentir assim

Falo aos trancos, pensamentos soltos

Que fluem como rios vivos e bravios, sim

Olhos esbugalham, em instantes

Incontroláveis, infantes e infames

Eu me envergonho, posso confessar

Mas não tenho medo de atacar

Tenho medo de te ferir,

minha amada

Mas as histórias de outros

Preciso, preciso

rejeitar

Histórias tristes porque não verdadeiras

Não tenho medo das histórias

porque são lisonjeiras

Eu tenho medo de mim mesmo

Sim, tenho medo do meu enterro

Sepultado por todos à esmo

Tenho medo de mim mesmo!

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 21/09/2018
Reeditado em 22/09/2018
Código do texto: T6454873
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