OLHAR DE POETA
OLHAR DE POETA.
Nada é mais penetrante
Que o olhar do Poeta.
Que vê na curva do horizonte,
A plenitude da reta.
Olha as estrelas do Céu
Versa em sol de verão.
A noite o salpicado véu
São pontinhos de ilusão.
A visão do eixo da Terra
Na rotação e translação.
Na inclinação se encerra
O segredo da Estação.
O arco-íris colorido
Aliança e fé divina.
Luz e água em atrito,
Na projeção que fascina.
Sente que as nuvens de algodão
São os rios voadores.
O troar forte do trovão,
Lembra o som dos tambores.
Nada é mais conflitante
Que os versos do Poeta.
Pois da Poesia é amante,
E tem a alma inquieta.