OLHAR DE POETA

OLHAR DE POETA.

Nada é mais penetrante

Que o olhar do Poeta.

Que vê na curva do horizonte,

A plenitude da reta.

Olha as estrelas do Céu

Versa em sol de verão.

A noite o salpicado véu

São pontinhos de ilusão.

A visão do eixo da Terra

Na rotação e translação.

Na inclinação se encerra

O segredo da Estação.

O arco-íris colorido

Aliança e fé divina.

Luz e água em atrito,

Na projeção que fascina.

Sente que as nuvens de algodão

São os rios voadores.

O troar forte do trovão,

Lembra o som dos tambores.

Nada é mais conflitante

Que os versos do Poeta.

Pois da Poesia é amante,

E tem a alma inquieta.

Milton Jorge da Silva Escritor
Enviado por Milton Jorge da Silva Escritor em 09/10/2018
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