Apenas um Poema
Sob As sombras do Tererezeiro
A lagoa espreita os pombos a randar
O som do pio do quero-quero
Açoita os olhos do casal a se amar
No profundo e matreiro deleite do amor
Na obscura e perigosa tarde ensolarada
De louco e doida ecoam vozes em sussurros
Entrelaçam em lindo beijo prolongado
O beija-flor saltita entre as ramadas
Procurando pela presa a ser beijada
Não vê ali o desatino desmedido
Infortuno, impossível e improvável
O louco amor brota incontrolável
Rompendo um universo proibido.