O eu negro
Na cabeça, o turbante;
No coração, o seu fervor;
Nas costas, as marcas deixadas,
De uma época dominada pelo opressor.
Nos lábios, o carnudo marcante;
No nariz, o achatado singular;
Nos pés, a percata de couro;
Na pele, o reluzente brilho solar.
Traço a traço da negritude;
Passo a passo do seu valor;
Tempo a tempo resistindo.
Negro, pobre e lutador.