Eu e o indecifrável

Uns o ignoram! Acaso torna-se inexistente o que desconheço? Eterna dúvida.

Uns dão nome de melancolia,

Outros chamam de combustível, pra poesia!

Freud explicou!

Sentimento oceânico; Necessidade de pertencer, de se vincular...

Tal sentimento precederia o vazio?

Leminski descreveu: um vazio agudo, estar meio cheio de tudo.

Para Rubem Alves "é só no vazio que o voo acontece".

Outros filósofos o denominam Vazio existencial!

Será Deus o único capaz de preenchê-lo? De decifrá-lo?

Uns se curam com música

Outros com poesia

Uns com religiosidade

Artes, amores, utopias.

Há quem não se cure nunca! E tem no vazio uma própria extensão de si.

Como corpo, alma, víscera... e vazio!

Por vezes acomodado,

Por vezes desinquieto, mas lá...

Intermitentemente, lá!

Será preciso curar-me?

Se é nele que me encontro, que me reconheço

Que me encanto, me ensandeço

É no vazio que se cria

É no desconforto dessa travessia...

Que amanheço!

Marcilaine Andrade
Enviado por Marcilaine Andrade em 08/12/2018
Reeditado em 08/12/2018
Código do texto: T6521892
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