VALE DO RIO DOCE

O que na Vida Vale?

O Susto não vale

A surpresa vale

O que será que vale para Vale?

Não vale a sirene não tocar

Quando se precisar

O que vale na vida?

O grito contido

A dor no peito

As partidas sem despedidas

Os sonhos interrompidos

O que vale para a Vale?

O suor, o faturamento

O fechamento do contrato

O suborno da fiscalização

A ética e a moral valem

Para o capital voraz da Vale?

A sirene não tocou

São sustos gritos de horror e dor

“É pau, é pedra, é o fim do caminho

É a lama, é a lama, é a lama”

Que corre veloz a destruir vidas

São rejeitos a descer e a destruir

Sonhos e vidas em suas diversidades

O rio que era doce a Vale matou, sujou

Se a dor é necessária

mas ai daqueles que a provocarem

tenhamos misericórdias sem julgar

Vales de sombras, vales de dores

Há um propósito para a reflexão

Essas dores não podem serem em vão

Ainda vale acreditar na vida

Sim ainda vale a pena acreditar

Ainda vale orar por eles e por nós

Por quem partiu e quem ficou

Com suas lembranças e dores

E agora Mané, o que vale?

Ainda vale acreditar na vida

“Fé na vida, Fé no Homem, Fé no que virá

Nós podemos tudo, Nós podemos mais”.

Ainda vale acreditar

Em uma sociedade mais compreensiva,

Fraterna e solidária

Apesar dos pesares

Eu ainda quero acreditar que vale a pena

Acreditar na vida, no amor e no homem

Que o amor tem mais valor

De se querer levar vantagem em tudo

Tá valendo!?

Jô Pessanha
Enviado por Jô Pessanha em 01/02/2019
Reeditado em 02/02/2019
Código do texto: T6564704
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