A noite

A Lua

A nos banhar em seu brilho

Na rua

Sobre o chão de ladrilhos.

Com seu marasmo belo,

E seu agouro obscuro,

Oferecendo farelos

De frases no solitário escuro.

Ela vem com o negrume do crepúsculo

Sem pedir permissão,

Debaixo de seu toldo onde tudo acontece

sem escrúpulos

Por vezes seu papel é subjugação.

E ante seu cortejo,

Paira um ar de enamorados

Seu festejo

De galantes apaixonados.

Eternamente ela vem em toda sua grandeza,

Indomável por natureza,

Com o peso de uma realeza

Um mistério indecifrável por certeza.