Invisíveis mãos
Não fosse aquele dezembro,
e a menina de olhos claros
Um daqueles momentos raros
em que as luzes se misturam
Não fosse o amigo Ge
que me apresentou Mozart
e o mistério de sua arte
Revelando-me que na parte
pode-se vislumbrar o todo.
Não fosse o clube da esquina
e aquele poema do Pessoa,
os jovens: Sidarta, Demian
Não fosse Riobaldo,
e Diadorim- sua neblina
O que aprendi com os filmes
que assistia no Cine Mirela
Não Fosse o amigo Alemão,
Não fosse a lembrança dela,
minha mãe,
e seu amor infinito.