Somos Pássaros

Desfiz meu ninho, mesmo contra a vontade,

e quando bate a saudade do cheiro da manhã que me atrai ao abrigo dos teus olhos...ah como é bom voar!

Pois é, será que passei do prazo de validade de pedir-te perdão?

Perdoe-me então a razão ou a falta dela, a verdade é que não sei fingir...fingir que não sinto nada.

Sou um fingidor desesperado! você não vê?

É desespero de quem perdeu o ninho, o colo, o amor...

Cortei minhas próprias asas me aprisionei no passado.

Confesso: não quero essa liberdade de você, pensar nisso é prisão perpetua dentro do meu coração.

Somos pássaros livres presos em nossas próprias invenções de liberdade.

Susili
Enviado por Susili em 19/03/2019
Reeditado em 20/03/2019
Código do texto: T6602089
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