Minha alma

Minha alma não é mutável,
Nem tampouco palpável.
Mas quem me dera ter um espelho,
Que fosse transcendental,
Muito poderoso e, como tal,
Permitir-me poder enxergá-la,
Além de somente senti-la.
Pois sei que minha alma é triste
E feliz com a vida que encerra.
Será mesmo que ela existe?
Ou possui uma medida?
Enquanto indago, fico mudo.
Pois não dizer nada é mais profundo.
Algumas vezes ela me parece horrenda.
Cheia de pedaços e sem emendas.
E noutras quando fica amena
Parece ser bem pequena.
Ela é assim, sem começo e nem fim.
Nas vezes em que venço,
Sei que ela é mais do que penso.
Enfim, nem boa, nem má, talvez fugaz.
Minha alma é um caso sério
Fica e parte, deixa o mistério.
Luciano Abreu
Enviado por Luciano Abreu em 28/03/2019
Reeditado em 01/04/2019
Código do texto: T6609762
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