Outono

Nuvens negras, folhas secas

Vento gélido, singular

Acalenta esta tortura

Agrura, despótica fase

Faz do visto, minha base

Pro futuro, suportar

Nuvens caem, chuva preenche

Inundação de puro frio

Traz à pele o arrepio

Silencia o rouxinol

Até que o primeiro raio de sol

O céu volte a cortar

Chuva cai, escoa o sujo

Malefício de viver

Da morte, faz renascer

Na íris dos olhos teus

O arco repleto de cores

Atônito, a vislumbrar

Novo verde cresce em galhos

Nova vida a germinar

E, com seu canto singular

O singelo rouxinol

Banhado pelas bênçãos do Sol

Volta aos céus, a pairar.

Gabriel Luiz
Enviado por Gabriel Luiz em 19/04/2019
Reeditado em 19/04/2019
Código do texto: T6627269
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