Sob o céu obscurecido
Sob o céu obscurecido,
Num silêncio ensurdecedor,
Vê-se o horror cometido,
Pelo próprio transgressor.
Antes, ápice confusão
De gritos, lamentos,
Cuja Maldade em profusão
Brotava tolos pensamentos.
Quem observava,
Socos e cuspes levava,
Mas o que será que Ele pensava,
Sobre quem o esbofeteava?
Talvez revolta sem causa,
Da justiça obtusa
De condenar o inocente Mensageiro
No lugar do cruel carcereiro?
Talvez ingênua vaidade
De cumpridora moral
Que escondia a insanidade
Do orgulho mortal?
Voltando ao céu obscurecido,
Ergue-se rosto compadecido,
Dizer o que estavam perdendo:
“Eles não sabem o que estão fazendo”