Sob o céu obscurecido

Sob o céu obscurecido,

Num silêncio ensurdecedor,

Vê-se o horror cometido,

Pelo próprio transgressor.

Antes, ápice confusão

De gritos, lamentos,

Cuja Maldade em profusão

Brotava tolos pensamentos.

Quem observava,

Socos e cuspes levava,

Mas o que será que Ele pensava,

Sobre quem o esbofeteava?

Talvez revolta sem causa,

Da justiça obtusa

De condenar o inocente Mensageiro

No lugar do cruel carcereiro?

Talvez ingênua vaidade

De cumpridora moral

Que escondia a insanidade

Do orgulho mortal?

Voltando ao céu obscurecido,

Ergue-se rosto compadecido,

Dizer o que estavam perdendo:

“Eles não sabem o que estão fazendo”

Sergio Schlender
Enviado por Sergio Schlender em 27/04/2019
Código do texto: T6633518
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