A SAUDADE QUE NÃO DEIXA RECORDAÇÕES

Eu poderia falar dos meus

Dos teus e dos nossos

Lembrar-me com ardor

Das idas e vindas

Dos adeus que quando junto estávamos

Nas despedidas despidas

De um findar, até logo...

Hoje imagino apenas

No pensar em tudo

Quase dormindo...

No que fui, sou e serei...

Recordar o passado é ver-te

Nas sombras dos nossos, vossos...

Não poderia deixar de pensar no lamento

Tu me vestisses

Eu tirei a tua máscara

Eu sepultei os vossos recortes

Os nossos arrependimento

Justo ou injustos

Eram angustias

De um adeus breve

De um até logo infindo...

Não lembro da recordação

Penso na saudade antiga

Por alguns momento

Da casa dolorida, vazia...

De muros baixos com quintal

Roupas nos varal

Vento sobrando até secar

Corredores, para esconder

Cartas, fotos, livros, objetos

Escadas para subir e descer

Para caminhar pelo jardim

Ilusão e delusão

Deduzo o tempo

Porém em brinco com a passagem

Do tempo.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 01/05/2019
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