''POEMA CONFUSO''

Há um verso em tudo que vejo

Há uma rima em tudo que falo

Em tudo que sinto há um beijo

E há uma dor em tudo que calo

É pouco o plano que almejo

E muito para planejá-lo

Em quase tudo há um desejo

E com quem amo, eu não falho

Sou feito de um amor escandaloso

E de uma dor inflamável

De sentimento puro

De alegria e choro interminável

Busco sempre o intenso

Ser justo é ser implacável

Apreciando cada momento

Vivendo melhor e sendo amigável

Há o sol e a terra, o universo denso

Há o cérebro e o corpo encravado

Tudo existe nesse tempo

Não distorça esse fato

Mentira é mentira ao contrário de bom senso

Imaginação é um vigor da arte e não um fardo

O monstro está de baixo da cama esperando

Eu durmo chorando, tentando evitá-lo

Enxugo lágrimas no antigo lenço

O tiro do bolso da minha calça de trabalho

Jogo o sabão de cheiro excêntrico

E aperto o botão da máquina que liga em um estalo

Querendo ser criança, aquele berço

Mas me sentindo injustiçado

Nessa espera infinita

Do coração impossível, para amá-lo

Sou um poema confuso

Que fica mais estranho ainda

O escrevi num banco de praça

Pensando em como tudo isso

Pode caber

Em uma só vida...

Poeta Vinicius Teodoro
Enviado por Poeta Vinicius Teodoro em 11/05/2019
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