Um outro quase soneto do fim
Ah, futuro, que nao é perjúrio do tempo
que a vida tão nobre, precisa, nos sugere:
Homem, há muito já findas teu momento
cuides mais da natureza que tanto feres
É dito: ô homem, tu és de todo imaturo
desvaloriza a água por sede de gasolina
e faz do porvir, um breu mais que escuro
e o tempo, de raiva, já te viras a esquina
O que vem, e a muito é dito pelo profeta
não no teatro, no cinema ou pergaminho
sim, a plenos pulmões, diz o fim da reta
Canta (e não é ouvido), o triste caminho
esse que é entre os sábios, o maior poeta
pois que não é homem, e sim, passarinho
26-05-2019
14h27min
Inspirado pelos sonetos:
Fim e Futuro, do poeta e amigo, Ricardo Camacho (Poeta Carioca); e
Futuro e Fim, do poeta Fernando Cunha Lima.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5812193